quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quase um Super-Héroi

                                        Quase um super-herói

          A oportunidade de o Abobrinha permanecer no Campeonato estava mesmo perdida. Os adversários faziam uma falta atrás da outra e a toda hora chegavam perto do gol... Somente então Génson-Batata soube o que tinha de fazer. Respirou fundo, esqueceu todos os gibís de super-heróis que havia lido e correu atrás da bola.
          O Tritura aperta o adversário ! Botinha dribla Tomate, joga para Atadura, que dá um chega-pra-lá em Alface e vai chutar a gol ... Espere aí ! Batata aparece na frente dele, rouba a bola num passe genial e manda pro lado, Alface escora e corre com a redonda para a área, Batata já está chegando lá, recebe de Cebola, se livra de Armário e chuta, é gol ! goooooooool !!!!
          Chucrutz abriu a boca e não fechou mais, Taquinho engasgou e Naná aplaudiu : o jogo estava empatado !
          A equipe do Tritura Canela recomeçou com fome de bola. Não estavam acostumado a levar dois gols, muito menos a empatar! Mas a turma do Abobrinha tinha a alma renovada. Vendo que Gérson fizera o gol sem superpoder nem um, Alface, Tomate e até o contundido Alcachafa resolveram que iam ganhar aquele jogo.
          O  jogo está sensacional! Tomate engana Atadura, manda a bola para Alcachofra, que dribla  Armário, passa por Botina e lança para Alface, que cruza para a área, Batata parece que não aguenta mais correr, salta sobre a bola e chuta ... É goooooooool ! Pela primeira vez na história, um time está ganhando do Tritura Canela !!!
          Muita coisa ainda aconteceu naquele jogo. Porém nada mais mudaria aquele resultado; e os noventa minutos terminaram em três a dois. A festa do Abobrinha Futebol Clube encheu de orgulhos os torcedores, se espalhou pelo bairro e virou a noite. 

                                                                   Gérson de Abreu e Rosana Rios.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Dia em que Tico morreu

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                           O dia em que Tico morreu

      No dia que Tico morreu,jurei nunca mais ter cachorro na vida. Era assim ,a agente cuidava do bicho desde pequenininho , dava mamadeira ,limpava cocô mole, segurava aquela coisinha quente e carinhosa no colo . Depois, o cachorro crescia ,aprendia a conhecer a chegada da gente de longe ,fazia festa,brincava ...Nos dias de nota baixa ,de bronca ,de febre alta ,só mesmo um bicho de estimação pra consolar a gente. Eles não ligam pra boletim. Nem pra bronca de adulto .Eles gostavam da gente porque gostavam ,oras bolas .Claro , ás vezes eu não ligava pra ele .Mandava embora quando vinha ,abanando o rabo ,pedir cafuné na orelha . Mas ele sabia que a gente era um do outro .Eu não precisava ficar falando .Ele sabia.
   Aí, Tico morreu .No começo eu nem acreditei. Chorei. E jurei nunca mais ter outro bicho .Nem cachorro, nem gato, nem hipopótamo, nem estegossauro .
   E agora não sei o que fazer. Porque trouxeram um novo para casa. Ele é pequenininho, treme-treme, acabou de abrir os olhos. Tá com fome, eu sei, mas não vou dar mamadeira. Nem limpar aquele cocô que ele fez no canto. Não me importo se o danadinho fica me olhando com essa cara de “me-pega-no-colo”...
        Acho que ele tem cara de pingo .
  Taí. É um bom nome pra um cachorrinho...Pingo .Tudo bem, é melhor limpar aquele cocô antes que o cheiro piore. E dar um leite pra ele. Mas nunca, nunca vou gostar desse bicho como gostava do Tico. Eu juro !

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Conto Negrinho do Pastoreio

                                     O Negrinho do Pastoreio   

        Como é mês de agosto e faz um pouco de frio, vou contar uma história que aconteceu nos pampas do sul do país, talvez em Pelotas. Começa não muito bem, pois nesses pampas havia um homem muito rico, mau e sovina: nem restos de comida ela dava. Seu filho era um guri que herdara sua ruindade. Esqueci de dizer que a história se passa no tempo da escravidão. E vou fala de um escravinho mais negro que carvão chamado de extremamente de Negrinho.
Não conhecia pai ou mãe e dizia que Nossa Senhora Era sua madrinha. Apanhava do patrão e do filho que não era brincadeira. O homem ruim tinha um cavalo baio muito bonito e veloz e um estancieiro vizinho desafiou-o dizendo: será que esse cavalo baio é bom na corrida? Já se sabe quem ia montar o baio sem sela: o Negrinho, é claro. Mas infelizmente o baio perdeu na corrida e o Negrinho levou uma surra que eu vou te contar. E como se não bastasse, mandaram-no tomar contar da tropilha do patrão. Era de noite, Negrinho estava todo machucado e com medo dos bichos que pudessem se achegar. Mas Nossa Senhora ajudou-o a adormecer. Eis senão quando ouvi-se um tiro de espingarda no ar: os animais se assustaram e dispersaram pelas campinas. O estampido partira do filho do patrão. Mas quem levou nova surra foi o Negrinho. Mandaram-no procurar os cavalos. Enquanto isso a noite estava ainda mais fechada. E não se via cavalo nenhum. Aí o Negrinho pegou um toco de vela que iluminava sua madrinha no oratório do homem ruim. E correu pela coxilhas montado no baio, á procura dos cavalos dispersos. Aconteceu um pequeno milagre: cada vez que a vela abençoava pingava cera no chão, milhares de velinhas iam aparecendo para iluminar a noite. Com esse grande auxílio, o Negrito encontrou os cavalos. E cansado adormeceu. O homem ruim tinha raiva até do sono do Negrinho e mandou um outro escravo dar chicotadas no garoto e colocá-lo junto de um formigueiro, só para chatear o menino.
           Depois o patrão quis ver o moleque que devia estar todo roído de formigas. Mas junto do formigueiro estava o Negrinho perfeitamente sadio, com o baio e a tropilha. Espantado o homem ruim, mais espantado ficou,  porque viu junto do escravinho a Nossa Senhora protegendo o Negrinho. O homem ruim se ajoelhou de medo e não de bondade. Quanto ao Negrinho, montado no baio, seguia corrida. E quem quiser vê-o. Quero dizer: se quiser muito mesmo. Só que durante uns dias de cada ano Negrito some. Deve estar conversando com suas amigas formigas.
           Qualquer gaúcho conhece esta história e acham que o Negrito ajuda a encontrar o que se perdeu, seja objeto, seja amor, seja felicidade sumida. Será que a moral desta história é que o bem sempre vence? Bom, nós todos sabemos que nem sempre. Mas o melhor é a gente ir-se arranjando como pode e dar um jeito de ser bom e ficar com a consciência calminha.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Os Tipos de Pronomes

       Pronomes Pessoais

Do caso reto: eu, tu, ele, nós, vós, eles.

Do caso oblíquo: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se si, consigo, o, a, lhe, nos, conosco se, si, consigo, os, as, lhes.

De tratamento: vossa alteza (príncipes, duques)
Vossa Majestade (reis, imperadores)
Vossa excelência (altas autoridades).
     Pronomes Possessivos

Meu, minha , meus, minhas


teu, tua, teus, tuas


seu, sua, seus, suas
nosso, nossa, nossos, nossas


vosso, vossa
vossos, vossas
seu, sua, seus, suas
   Pronomes Demonstrativos

Este, esta, estes, estas

esse, essa, esses, essas


aquele, aquela, aqueles, aquelas, isto, isso, aquilo
       Pronomes Relativos

O qual, a qual
os quais , as quais
cujo, cuja
cujos, cujas

quanto, quanta
quantos, quantas
que, quem, onde
      Pronomes Indefinidos

Algum,  nenhum

todo, outro

muito, pouco, certo

quanto, tanto
qualquer, etc
   Pronomes Interrogativos

Que, quem
quantos, qual

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Brasil República

                                                                Brasil República

             No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República. Após inúmeros conflitos e pressões, o Império finalmente ruía. Dava-se início a uma nova fase da política brasileira.

            O regime Republicano foi marcado, inicialmente, por um governo militar. Era a chamada República da Espada (1889 – 1894) em que a alteração do regime político não evitou conflitos entre monarquistas e republicanos. O Brasil ainda não era uma democracia.

             Depois da República militarista, teve início a República dos Bacharéis, tendo Prudente de Moraes como o primeiro presidente civil. Começava o processo de articulação política que ficou conhecido como Café com Leite, por conta do poder ter sido alternado entre fazendeiros de Minas Gerais e São Paulo. Em seguida, aconteceu um golpe de Estado conhecido como a Revolução de 1930, em que Getúlio Vargas assumiu o poder, dando início à Era Vargas.

             Getúlio governou voltado para as bases militares, coibindo o crescimento do comunismo que se alastrava pelo mundo desde a Revolução Russa, em 1917. A censura, a ausência de liberdade, as prisões e as torturas marcaram seu governo, inaugurando o Estado Novo. Getúlio foi deposto pelos militares, que garantiram as novas eleições que elegeram o general Eurico Gaspar Dutra.

                A República Liberal (1946 – 1964) foi marcada por uma maior aproximação com a democracia. Seus representantes, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, foram eleitos com grande apoio popular. Nacionalista, João Goulart fez um governo voltado para o povo. Após um discurso inflamável em que defendeu a Reforma Agrária e anunciou a nacionalização das empresas de petróleo, os militares o trataram como subversivo e deram um golpe, instaurando a ditadura militar.

               O período ditatorial foi autoritário, sem espaço para a liberdade. Temendo o avanço comunista, os militares realizavam prisões, torturavam presos e forjavam provas, incriminando pessoas que julgavam serem subversivas. Foi um período negro na história brasileira que só terminou em 1985 com as eleições realizadas pelo colégio eleitoral. Em 1989, a democracia ressurgiu, com a eleição pelo voto direto de Fernando Collor de Melo.


                                 
                            
                        Texto produzido por Pâmella Sthefhany Nepomuceno Silva   5º   Ano "A"